sábado, 12 de março de 2011

NOME PRÓPRIO

A primeira preocupação no processo de alfabetização deve ser a de procurar trabalhar com elementos significativos para a criança e sabemos que o que tem mais significado para uma criança é seu próprio nome, seu nome próprio, que a identifica e lhe dá identidade. Porém não é somente com o nome do aluno que este trabalho deverá ser efetivado. Na medida do possível, quanto mais nomes (da escola, dos pais, da cidade, do estado, pais, revistas, jornais, rótulos, títulos de livros, governantes, etc...) puderem ser envolvidos nas reflexões, maior será a possibilidade de auxiliar os educandos a fazer as relações básicas a respeito da língua escrita. Quando as crianças aprendem a identificar e escrever seus nomes, estão aprendendo algo sobre a relação da palavra falada com a palavra escrita e essa aprendizagem é rapidamente transferida para outras atividades.
Então, por onde começar?
Por algo que tenha significado para a criança: seu nome.
A lista de chamada dos alunos da turma é um material rico para o começo da sistematização da alfabetização. Pois está carregado de significação afetiva, a identificação de uma função social é clara e estável, através do nome a criança pode lidar com várias informações convencionais: nome das letras, relações fonética, regras de combinação, sinais, são muitas as questões que se colocam para os educandos quando eles têm que escrever e ainda não estão alfabetizados: quantas letras por, quais letras por, por que meu colega escreve tão diferente de mim, diferenciar letras e desenhos, diferenciar letras e números, diferenciar letras, umas das outra, a quantidade de letras usadas para escrever cada nome, função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc.; orientação da escrita: da esquerda para a direita, que se escreve para resolver alguns problemas práticos, o nome das letras, um amplo repertório de letras (a diversidade e a quantidade de nomes numa mesma sala), habilidades grafo-motoras, uma fonte de consulta para escrever outras palavras, tentar ler antes de saber ler convencionalmente, estabelecer correspondência entre partes do oral e partes do escrito, ajustando o que sabe de cor à escrita convencional, acionar estratégias de leitura que permitam descobrir o que está escrito e onde.
O trabalho com nome próprio pode ser, portanto, uma das atividades iniciais de leitura e escrita, desde que o professor leve em conta todas estas considerações que são também válidas para as atividades com diferentes textos.
Para trabalhar com nomes dos alunos, o professor deve ter certeza da grafia correta e precisa colocá-las em ordem alfabética com atenção. As dificuldades ortográficas dos nomes das crianças devem ser trabalhadas com naturalidade. Faça cartaz com os nomes dos alunos, crachá, prisma, lista, atividades em folha e no caderno etc...
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